Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que é uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos,
E nunca a pomos onde estamos.
Vicente de Carvalho
(Complementando a citação feita na postagem anterior...)
28 de agosto de 2008
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Manuzinha,
ResponderExcluirBom ter vc como blogueira! Bela prosa poética essa! Gostei deste tb!
Já pus seu blog em meus favoritos, frequentarei...
bjão
Cesar